quarta-feira, 23 de maio de 2012

O SEGUNDO DILÚVIO

É bastante pertinente a colocação de Lévy quando ele escreve sobre o fenômeno do crescimento do ciberespaço que chega pelas mãos de uma geração jovem, inquieta, ávida em experimentar novas formas de comunicação.
Como tudo o que é novo, assusta no primeiro momento, mas analisando de uma forma coerente, sabe-se que todos os fenômenos tem o seu lado bom e o lado não muito bom. Cabe portanto reconhecer as qualidades e procurar utilizá-las para desenvolver ações que tragam benefícios para todos  e que estas ações sejam desenvolvidas para incluir a todos.
Que este não seja mais um meio de desigualdades sociais.
É interessante observar a comparação que Roy Scott faz entre o dilúvio de Noé ( Bíblia Sagrada) e o dilúvio, que ele coloca como um “segundo dilúvio”, o das informações.E Lévy completa: “É o transbordamento caótico das informações, inundações de dados, as águas tumultuosas, a cacofonia e o psitacismo ensurdecedor das mídias, a guerra das imagens, as propagandas e as contrapropagandas, a confusão dos espíritos.”
Junto ao dilúvio de informações tem o espantoso crescimento demográfico. Na disputa deste novo mundo que surge, há duas alternativas: a guerra onde o humano perde o seu valor e a segunda alternativa é a exaltação do ser como indivíduo, suas relações com o outro, a troca de experiências com pessoas de idades, sexo, nações e culturas diferentes para que aprendam a se aceitar no diferente e cresçam de forma pacífica gerando um novo mundo. Esta é a maior riqueza que as novas tecnologias podem trazer.

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